A dúvida sobre a forma correta de escrever essa frase é normal entre as pessoas e a gramática tem explicações para isso. Porém, vou tentar nesse texto exemplificar e aplicar as regras corretas, futebolisticamente falando, para esclarecer esse impasse e o resultado final, já que a matemática também é uma constante no futebol, é, Flamengo Campeão Brasileiro 2009.
O Corinthians, jogando em seu estado, recebeu o time carioca. Enquanto o time visitante vislumbra o título nacional deste ano, o time paulista, que na teoria já está pensando em 2010, na prática vê a possibilidade de melar as chances de seus rivais estaduais de chegarem em primeiro no torneio. E como se diz no popular: ele conseguiu matar dois coelhos com uma cajadada só. Da forma como ocorreu a partida, os times não precisavam nem ter entrado em campo. Um gol esquisito, um pênalti inexistente, o Felipe assistindo a cobrança do Léo Moura e o Ronaldo saindo machucado. Então, entregaram em domicílio o jogo para o Flamengo, desapontando palmeirenses e sãopaulinos.
No próximo domingo a história se repete. O protagonista continua sendo o time do Rio de Janeiro, só que dessa vez o palco é o Maracanã e os coadjuvantes são do Rio Grande do Sul. O Grêmio vai à casa carioca levando a taça de campeão na bagagem para oferecer ao time rubro negro, já que perdendo o jogo tirará qualquer possibilidade do Internacional, seu maior rival estadual, de ser campeão. Logo, será uma entrega a domicílio.
Para quem acompanha o futebol, sabe que esse entrega-entrega e essas rivalidades estaduais são de certa forma até comuns, afinal, ninguém quer passar o domingo inteiro escutando fogos e gritos do vizinho e passar o resto da semana aguentando os amigos do trabalho falando. O que me faz rir agora é como tudo isso foi cair no colo de um time só e como a decisão de um campeonato, considerado o mais disputado de todos os tempos entre os principais torneios de futebol do mundo, será definido não por aquele que foi o melhor time, mas sim por aquele que teve menos rivais. Enquanto o Palmeiras se preocupava com o São Paulo, o Inter com o Grêmio e o Atlético com o Cruzeiro, o Flamengo avançava sem se preocupar ou depender de seus vizinhos, que passaram o campeonato inteiro brigando na parte de baixo da tabela. E na última rodada basta vencer um adversário que já se dá por vencido. Alguém tem alguma dúvida de quem fará a festa no domicílio?
De uma forma ou de outra, essas últimas rodadas foram realmente emocionantes e quem saiu ganhando foi o torcedor. Oscilações entre os líderes, entre os primeiros colocados e entre os últimos deixaram todos com uma calculadora numa mão e o terço na outra. E como admirador dessa arte, prefiro esquecer esse deixa que eu deixo e ficar com a imagem de uma bola... subindo e descendo. Um jogador no meio campo vendo muito distante um gol vazio. Dominar, tocar... o rei uma vez se viu nessa situação, mas teve tempo de pensar, ajeitar e chutar. Quase! Longe, muito longe de ser um rei, ele preferiu não deixar a bola encostar na grama e fez com que ela subisse novamente. Quem olhou para cima ficou com a visão ofuscada pelo sol e quem esperou aqueles poucos segundos, simplesmente viu seu último “quique” já dentro do gol. Antológico!
Parabéns ao Diego Souza pelo gol e parabéns ao Flamengo, Campeão Brasileiro de 2009.
Nesse momento não tenho como falar de futebol e música. Mesmo porque, se eu não tivesse encontrado esse cara no meu caminho esse blog provavelmente não existiria. Ele me ensinou a escrever, a entender e a viver o que é essa profissão... e nem precisou de lousa e giz para isso. Mostrou os caminhos, apontou direções, deu conselhos... foi professor, foi mestre, foi pai e amigo. Eu dizia: "Professor, quero trabalhar em radio" e ele falava: "Seu lugar é na mídia impressa". 