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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Brasil sendo Brasil

Os comentários não poderiam ser outros. Rapidez, agilidade, ofensividade, ousadia e juventude. Tudo que foi aclamado e implorado pouco antes da Copa da África foi visto ontem em um simples amistoso da nova seleção brasileira com seu novo comandante.

Tudo bem que a situação é diferente, que era só um teste de um primeiro jogo contra um adversário sem muita expressão, mas a diferença foi gritante. Vimos um Brasil ontem com velocidade, com toque de bola refinado, com um meio-campo criativo e um ataque bonito, moleque, sem medo e sem sentir o peso da camisa. Ontem, deixamos zagueiros sentados, demos dribles e gingamos como só os brasileiros sabem. Bem diferente de um Brasil com estilo europeu (ou seria sem estilo nenhum?) que vimos há dois meses.

Com exceção de um Robinho pouco inspirado e um Kaká machucado, a seleção de Dunga foi sinônimo de força. Era Luiz Fabiano trombando na frente, Lucio espantando tudo na zaga, Gilberto Silva enraizado no meio, Maicon correndo na lateral e Felipe Melo... bem, esse é melhor eu nem falar nada. E o pior era ouvir desse ex-técnico palavras como coerência, comprometimento... grupo. A única coisa que vimos foi a estupidez, o mau humor e a truculência de Dunga com jornalistas sendo refletida no gramado pelos seus comandados. E o final desse ciclo, tanto do time que foi a Copa como do seu técnico não poderia ser outro, senão triste e melancólico.

Quem viu a seleção brasileira jogar ontem se sentiu aliviado, mesmo sendo um simples 2 a 0 em cima dos E.U.A. Ainda é cedo para avaliar o trabalho de Mano Menezes e cedo pra dizer se realmente serão esses jogadores que representarão a nação nas próximas competições que estão por vir, mas pelo menos a palavra renovação foi seguida a risca e a arte e o entusiasmo em jogar futebol foi visto em campo no jogo de ontem. Quem sabe agora poderemos ver o Brasil sendo Brasil.

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