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segunda-feira, 15 de março de 2010

Ei... Axl... devolve meu dinheiro!

O show de sábado a noite no estádio do Palestra Itália foi digna de Axl Rose. Tudo o que foi possível para fazer com que as pessoas presentes ficassem irritadas foi feito. Mas Axl Rose e sua banda venceram pelo cansaço.

Chegando as proximidades do estádio, optei por deixar meu carro no shopping ao lado, por aquela velha questão de segurança, comodidade e tranqüilidade. Eis que, após uma hora tentando entrar no estacionamento, a placa na entrada no shopping anuncia o assalto: “Carro – R$ 120,00”. Eu, que paguei R$ 60,00 no ingresso do show, imaginei: “acho que o palco foi montado aqui mesmo na praça de alimentação”. Quando constatei que a apresentação ainda seria no estádio, fugi do assalto, ultrapassei os 1538 flanelinhas que estavam na avenida e coloquei o carro a 2km do local. Nisso, o relógio marcava 21h25. Faltava 5 minutos para o Axl subir ao palco. Triste engano!

Após correr toda avenida Pompéia e chegar na Rua Turiassu, 1840 (endereço que estava no ingresso) o guarda no portão fala que eu estou na entrada errada. Mostrei para ele meu ingresso com o endereço, mas não adiantou. Logo, tive que dar a volta em todo estádio e ir para outro portão. 21h40 eu estava na fila do outro lado quando escuto os primeiros acordes. “Vou perder as primeiras músicas” pensei. Mas quando finalmente entro no estádio, vejo um loiro de cabelo espichado pulando e gritando, só que não era Axl. Mesmo não estando escrito no ingresso, qualquer pessoa bem informada sabia que o show de abertura seria feito pelo Sebastian Bach. Só não sabia que era o dito cujo que entraria as 21h30. E com certeza sabia menos ainda que o show de abertura duraria quase duas horas. O ex vocalista do Skid Row só subiu ao palco para gritar “San Palooooo” e para fazer média com o patrão, vulgo Axl. Um show fraco, que só levantava a galera quando tocava as baladas da sua antiga banda e olhe lá. Sebastian se retirou às 23h50 e, uma hora depois, após muitas vaias e impaciência do público presente, Axl Rose e sua banda sobem ao palco.

O que aconteceria 2 minutos após começar o show era obvio, só não imaginava que seria tão rápido. Um fã, que pagou caro o ingresso, pagou caro o estacionamento e vê seu ídolo começar o show com 3 horas de atraso tinha bons motivos para arremessar uma garrafa no palco, não tinha? Pois ele o fez. E Axl, indignado com a atitude, parou a música. Toda aquela abertura, com luzes, fogos e guitarras pesadas parou com o cantor ameaçando deixar o palco. Eu, por estar em um estádio de futebol, já imaginei alguém levantando aquela folha de cartolina escrita: “Eu já sabia!”. Enfim... a banda voltou a tocar e o show, que mal começou, continuou.

Confesso que não ouvi o “Chinese Democracy” e não conhecia as músicas novas, mas elas não lembravam nem de longe a antiga banda. Foi muito bom ouvir os clássicos Paradise City, Welcome to the jungle, November Rain e outras. Os músicos eram muito bons e o som estava perfeito, mas em diversos momentos não se conseguia ouvir a voz de Axl Rose. Só não me perguntem se eram problemas no microfone.

A única certeza que eu tinha é que a maioria das pessoas que estavam ali, por volta das 2h da manhã, já estavam cansadas. As longas pausas entre uma música e outra era a deixa para a galera sentar e, dependendo da música seguinte, eles nem levantavam de novo. E esse cansaço ajudou, pois ninguém tinha mais forças para reclamar nem para atirar nenhum objeto no palco. Por isso o show continuou.

E assim foi o show do Axl ‘N Roses.

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