Chega ao Brasil com quatro anos de atraso, o filme Os EUA X John Lennon, que aborda o período entre 1966 e 1976, em que Lennon esteve engajado com causas anti-guerras. A meta é recuperar um dado específico da biografia de John e Yoko e o esforço do governo republicano de Richard Nixon para deportá-los no início dos anos 1970.Em palavras resumidas, o britânico Lennon, que encontrou problemas para tirar a sua cidadania norte americana, irritou o governo norte-americano por ridicularizar a guerra do Vietnã, fazer músicas contra Nixon, escrever letras pacifistas tipo Give Peace a Chance, aproximar-se dos Panteras Negras (movimento pelos direitos civis dos negros), cantar em público pela soltura de um poeta e ativista de esquerda (John Sinclair) condenado à prisão por oferecer dois cigarros de maconha para uma policial disfarçada. E, quem sabe, por fazer tudo isso incitado em certa medida por uma artista plástica vanguardista esquerdista japonesa mulher sobrevivente do bombardeio de Tóquio pelos EUA em 1945.
Produzido por David Leaf e John Scheinfeld, Os EUA X John Lennon diz apenas metade de tudo que está em jogo. A história contada é honrosa não apenas para John, assassinado em 1980, mas também para a viúva do ex-Beatle. Nas palavras de Yoko Ono “De todos os documentários realizados sobre John, esse seria o que ele mais iria gostar”.
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