Aproveitando o tema das nossas atuais manifestações por melhorias do nosso país, a seleção brasileira está progredindo. O Neymar está assumindo seu papel de principal jogador do time, a zaga não está tomando gol e a torcida está jogando junto. Sem dúvida, o melhor momento do jogo ontem foi ver o estádio inteiro cantar o hino nacional, mesmo após a música ter acabado. E todos nós sabemos que isso não é só pelo futebol. Foi um protesto contra corrupção que motivou a seleção.
A única coisa que não me agradou muito foi o meio campo. Mais especificamente a parte que pede aquele toque mágico, a cadência, a busca por um mínimo espaço para enfiar a bola e deixar o ataque na cara do gol, um maestro, um líder. Mais especificamente o Oscar. Excelente jogador com um futuro promissor, mas que carrega um fardo muito grande de ser esse único homem armador. Para seleção olímpica eu apostei minhas fichas nele e ele realmente foi bem, mas para o time principal... Não sei. Mudar o esquema? Colocar mais um meia ao lado dele? Optar por outro jogador?
É ai que entra meu pitaco... Alex, do Coritiba.
Felipão: redima-se de 2002! Chama o Alex! Me diz o que o Jadson está fazendo ai? É um bom jogador, mas não é opção. Discute-se muito sobre Ronaldinho Gaúcho ou Kaká no quesito meia experiente, mas eles não são líderes. Não são inteligentes. E já tiveram muitas chances. Pô Felipão... Você tem um time jovem, rápido, habilidoso. Tá faltando o requinte, tá faltando o cara da bola parada, tá faltando um cara que você conhece bem, que foi sua referência naquele vitorioso Palmeiras 98/99/00 e que até hoje não sabemos por que você não o levou para a Copa da Coréia-Japão.
Como eu disse, a seleção está em progresso, essa copa das confederações está sendo um bom teste e acho que podemos ser campeões, mas esse time jovem oscila muito durante o jogo, com muitos baixos e poucos altos. E esses altos, na maioria das vezes, não aparecem no jogo coletivo e sim na habilidade individual de alguns. Mas vislumbro um Alex nesse meio, organizando, lançando, passando por cima ou por baixo, cobrando faltas e escanteios, com um jovem e talentoso Oscar como opção no banco ou até como segundo meia, mas não como o único e principal armador.
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