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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Eu acredito no Brasil

Um texto abrasileirado, que ao invés de preto no branco poderia estar com o verde no amarelo e lógico, com certa paixão excessiva. O Brasil não ganhou da Inglaterra ontem, não ganha de uma seleção de ponta desde 2009 e o time ainda não está pronto, mas eu acredito no Brasil.
Deixando de lado velhos jargões como “nem sempre ganha o melhor time” ou “quem não faz, toma”, o resultado do jogo não diz o que foi o jogo de ontem.  A seleção brasileira teve quase o triplo de chutes a gol, maior posse de bola, um primeiro tempo que não precisou do seu goleiro, superioridade em quase todos os quesitos que, aos olhos da arquibancada, mereceram vaias e aos dedos da maioria da imprensa, merecem duras críticas.
O Felipão armou uma equipe ofensiva, com Neymar e Hulk alternando posições e Fred centralizado, com Oscar armando e Paulinho chegando bem de trás, além de uma zaga jovem e técnica, como há muito não se via. Isso sem contar as opções de banco, como Lucas, Dante, Fernando, Bernard, Hernanes, etc. Mas isso não foi o suficiente para superar o forte sistema defensivo e tático da seleção inglesa, que se limitou a jogar no contra-ataque, com a velocidade de Walcott e o talento de Rooney.
No aspecto geral, na convocação talvez a maior dúvida seja incluir ou não Ronaldinho Gaúcho e/ou Kaká. Na escalação, para mim o único erro grave do Scolari é deixar o Marcelo no banco. Sou fã também do esquema 3-5-2, que o Luiz Felipe aplicou tão bem em 2002 e tem elenco para fazer isso hoje.
Thiago Silva, Dante e Davi Luis, um pouco a frente, na zaga. Com isso, permitiria o técnico colocar dois volantes com mais saída de bola, chegada na área e chute de longa distância, como Paulinho e Hernanes. Esse sistema favoreceria o apoio ao ataque e a habilidade dos laterais Marcelo e Daniel Alves, que são mais ofensivos que defensivos. Oscar na armação, Neymar e Fred no ataque. Sendo que, para esses três últimos, teríamos excelentes opções no banco como Lucas, Hulk, Bernard, Ronaldinho e/ou Kaká. Permitindo até que um desses entre no lugar de um zagueiro ou volante, caso precise mudar o esquema durante o jogo.
Voltando ao meu amor e a minha confiança incondicional, fico com muita raiva vendo a torcida vaiando o time, chamando o técnico de burro e aplaudindo ironicamente o time adversário. Façam isso mesmo e esperem mais 60 ou 70 anos para a próxima Copa aqui no Brasil ou se permitam a gentileza de mostrarem suas insatisfações em casa, na frente da TV, e deixem os ingressos para quem realmente gosta do Brasil e saiba torcer pelo time, ganhando ou perdendo.
Sobre a imprensa, suas críticas e palpites, eu dou de ombros. Estamos aqui para lermos e ouvirmos o que quisermos e cabe a nós acreditar ou não no que eles dizem. Infelizmente, a única coisa que vejo dessa “imprensa especializada” são a falta de incentivo e a descrença sobre o trabalho da seleção. Então alguém me diz: “o jornalista tem que ser imparcial e apenas relatar os fatos como eles são”, e eu digo: “onde está sua imparcialidade na hora de falar os fatos do seu clube de coração?”
Por tudo isso, eu acredito no Brasil!

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